Entre as medidas, estão os reajustes de 9% no Bolsa
Família, com custo de R$ 1 bilhão, e de 5% da tabela do Imposto de Renda, com
impacto de R$ 5 bilhões.
A oito dias da votação do
impeachment pelo Senado Federal, a presidente Dilma Rousseff já contratou um
aumento de 8 bilhões de reais de despesas que vão afetar as contas do provável
governo do vice-presidente Michel Temer. E a 'bomba fiscal' que cairá no colo
da nova equipe econômica, sob o comando de Henrique Meirelles, pode chegar a
pelo menos 10 bilhões de reais com a publicação, nos próximos dias, de uma
Medida Provisória (MP) que dá reajuste salarial diferenciado a auditores da
Receita Federal, com direito a bônus de produtividade.
A
edição da MP sofre resistência do Ministério do Planejamento, mas a orientação
do Palácio do Planalto é seguir adiante com a medida, que custará 400 milhões
de reais este ano e mais 1,5 bilhão de reais no próximo. O governo também
ampliou em mais 1 bilhão de reais as despesas previstas com subsídios no Plano
Safra, que será anunciado hoje, além de mais 1 bilhão de reais para o Minha
Casa Minha Vida.
A
presidente já havia anunciado reajuste de 9% no Bolsa Família, com custo de 1
bilhão de reais, e de 5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, com
impacto de 5 bilhões de reais.
De
acordo com o Ministério da Fazenda, todas as discussões que estão sendo
tratadas com a Receita referem-se ao encaminhamento de Projeto de Lei, e não de
Medida Provisória. A Fazenda afirma ainda que não vai deixar uma "bomba
fiscal" e que as medidas, enviadas ao Congresso, poderão ser alteradas,
como a correção da tabela do IRPF.
Segundo
a Fazenda, o governo está conduzindo o processo de reajuste da tabela para que
o efeito seja neutro com o aumento da carga tributária.
Rombo - Mesmo assim, fontes
da área econômica veem com preocupação a elevação de despesas, porque ampliam o
rombo das contas públicas em 2016 e 2017. Além do impacto direto nas contas, o
efeito do reajuste salarial da Receita vai influenciar outras categorias do
Executivo, que já se movimentam para ter as mesmas condições dos auditores.
Entre elas, os servidores do Banco Central, Controladoria-Geral da União,
analistas do Orçamento, Tesouro Nacional e de gestores públicos do Ministério
do Planejamento.
Uma
fonte da área econômica, que vê as medidas na contramão da necessidade de
ajuste fiscal, disse que isso vai "abrir a porteira". A MP vai
condicionar a vigência do reajuste à aprovação da mudança da meta fiscal deste
ano pelo Congresso.
Os
aliados do vice-presidente estão mapeando o impacto de todas essas medidas. O
temor do grupo que assessora Temer é com o custo político de retirar
"bondades" já anunciadas, mesmo com a justificativa de que foram
tomadas de forma "irresponsável".
Até
as medidas de alta de impostos - como a elevação do IOF na compra de dólar -,
que reforçam o caixa, colocam o governo Temer numa encruzilhada, porque ele
prometeu não elevar a carga tributária.
fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/economia/pacote-de-bondades-de-dilma-deixa-bomba-fiscal-de-r-10-bilhoes
foto:http://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/tag/pacote-de-bondades/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita e pelo comentário!