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| Massa, Macri e Scioli |
As primeiras projeções divulgadas no começo da noite de ontem (09/08) mostram que os três principais candidatos à Presidência da Argentina confirmaram o favoritismo nas eleições primárias (chamadas PASO, Primárias Abertas Simultâneas Obrigatória) e devem, agora, disputar a eleição de outubro.
O critério mínimo era alcançar mais de 1,5% dos votos e obter maior votação que os adversários de dentro da própria coligação.
As projeções indicam que vão às eleições Daniel Scioli (Frente pela Vitória, a FpV), ex-governador de Buenos Aires, ex-vice-presidente e candidato da presidente Cristina Kirchner; Maurício Macri(Cambiemos), prefeito de Buenos Aires e oposicionista; Sergio Massa, (Aliança Una) deputado ex-kirchnerista; Margarita Stolbizer, deputada de oposição a Cristina; e Adolfo Rodríguez Saá, ex-governador de San Luis e ex-presidente tampão após a renúncia de Fernando de la Rúa em 2001.
O voto nas primárias é obrigatório e o eleitor pode escolher qualquer um dos candidatos, mesmo que não seja filiado à coligação ou ao partido a que o postulante pertence. Assim, as PASO são consideradas uma espécie de "primeiro turno" da eleição. Só os mais votados dentro de cada coligação disputam a eleição de outubro, mas os resultados são divulgados de forma única, tal como um pleito normal.
Segundo os primeiros dados oficiais, divulgados por volta das 23h30, a Fpv estava com 36,40% dos votos, contra 30,88% do Cambiemos e 22,61% da Una. Quando o recorte é feito por candidato, Scioli aparece em primeiro, com os mesmos 36,40%, seguido por Macri, com 24,49%, e por Massa, com 11,66%.
Para que um candidato seja eleito no primeiro turno oficial, em outubro, é preciso que obtenha 45% da preferência dos eleitores ou 40% mais uma diferença de 10% em relação ao segundo colocado. Ou seja, caso os números de hoje se confirme, Scioli estaria perto de alcançar uma vitória no primeiro turno. A oposição, por sua vez, diz que a nova eleição entre os dois mais votados é "certa". Dos principais candidatos, só Scioli disputou as primárias sem concorrência. Macri enfrentou a senador radical social-democrata Ernesto Sanz e a social-cristã, de centro-direita, Elisa Carrió; Massa, por sua vez, competiu com o governador de Córdoba José Manuel de la Sota.
Houve denúncias de fraude durante o processo, principalmente por parte da coligação de Macri. A Justiça Eleitoral, no entanto, diz que as PASO transcorreram com normalidade, mas pediu que se encaminhassem as denúncias a ela.
Processo eleitoral
Mais de 32 milhões de argentinos estavam aptos a irem às urnas neste domingo, mas pouco mais de 50% compareceram. Criadas em 2009, as PASO são as primárias que antecedem as eleições nacionais. Assim, os candidatos de cada partido a presidente, governadores, prefeitos, vereadores, deputados estaduais e legisladores nacionais competem entre si para ver que irá à disputa final.
As PASO servem como um filtro para barrar partidos nanicos, já que é necessário obter mais de 1,5% dos votos válidos por categoria para poder disputar o pleito de outubro, quando os eleitores elegerão os aspirantes a presidente e vice-presidente do país, 43 parlamentares do Mercosul (Mercado Comum do Sul), 24 senadores e 130 deputados nacionais.
Após a realização e divulgação do resultado das primárias, tem início a campanha eleitoral (em 20 de setembro). Caso não seja definido o nome do novo presidente em 25 de outubro, o segundo-turno será realizado em 24 de novembro. O novo governo assumirá em 10 de dezembro.
fonte:http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/41284/scioli+massa+e+macri+confirmam+favoritismo+em+primarias+e+devem+disputar+eleicao+na+argentina.shtml
foto:http://internacional.estadao.com.br/
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