01/06/2015

O que muda com a retirada de Cuba da lista de países considerados terroristas pelos EUA

O Departamento de Estado norte-americano anunciou, na última sexta-feira (29), a saída de Cuba da sua lista de países patrocinadores do terrorismo. A decisão avança no sentido do restabelecimento das relações diplomáticas entre os países, contudo ainda é incerto o fim do embargo econômico que os Estados Unidos impõem sobre a nação cubana.
Com a decisão, algumas mudanças acontecem, dentre elas, a possibilidade de Cuba realizar transações bancárias em território norte-americano. Medidas como essa fazem parte de um pacote específico de sanções do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, ligado ao Departamento do Tesouro norte-americano.
Outras sanções específicas ligadas aos departamentos de Estado, Comércio e Defesa também deixam de valer. Como exemplos, estavam as proibições de exportar e vender armas aos países considerados terroristas, bem como o controle de determinadas exportações que poderiam melhorar suas capacidades militares e restrições de ajuda econômica.
No entanto, essas mudanças não significam o fim do embargo comercial e financeiro, que por ser codificado em lei só pode ser encerrado por decisão do Congresso estadunidense, que possui legisladores que se opõem frontalmente a Cuba, como os senadores Marco Rubio e Robert Menéndez.
30 anos depois
Desde 1982, Cuba era colocada na lista elaborada anualmente pelo Estado norte-americano dos países que considera como terroristas. A decisão é anunciada no prazo limite de 45 dias dada pelo presidente Barack Obama ao Congresso para que avaliasse a retirada da ilha caribenha dessa lista.
Em nota oficial, o porta-voz da chancelaria estadunidense, Jeff Rathke, afirmou que “embora os Estados Unidos tenham preocupações e divergências significativas” com Cuba em diversos temas, estes estão “fora dos critérios relevantes” para manter o país na lista, que tem nações como Irã, Síria e Sudão.
A aproximação entre os dois países vinha se dando nos últimos meses. Em dezembro de 2014, os presidentes Raúl Castro e Barack Obama anunciaram conjuntamente que pretendiam avançar no sentido de restabelecer as relações diplomáticas entre as nações, que estavam rompidas desde 1961, dois anos após a Revolução Cubana.

fonte:http://www.brasildefato.com.br/node/32169
foto:http://www.jornalnh.com.br/_conteudo/2014/12/noticias/regiao/111975-relacoes-entre-eua-e-cuba-e-aumento-da-luz-nas-charges-dos-jornais-de-quinta-feira.html

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