05/10/2014

Pesquisas indicam ampla renovação do Senado

Apenas cinco senadores eleitos em 2006 – Fernando Collor (AL), Katia Abreu (TO), Maria do Carmo (SE), Alvaro Dias (PR) e Acir Gurgacz (RO) – são favoritos a renovar seus mandatos neste ano.



Neste domingo, 22 das 27 cadeiras no Senado Federal podem mudar de “dono”. Isso porque somente cinco senadores eleitos em 2006 – o mandato é de oito anos – chegam às urnas como favoritos à reeleição. 
A oposição deverá assegurar as três vagas de senador nos maiores colégios eleitorais do país. Duas vagas ficarão com o PSDB e uma com o PSB, de acordo com as projeções de institutos de pesquisa. Os concorrentes por São Paulo protagonizam a disputa mais acirrada, embora favorável aos tucanos contra os petistas.
Um dos mais antigos senadores na Casa, Eduardo Suplicy (PT) deverá ficar sem mandato após 24 anos seguidos como representante de São Paulo. O ex-governador José Serra (PSDB) liderou todas as pesquisas de intenção de voto desde que entrou na disputa. Na pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira, o tucano tinha 39%, contra 33% de Suplicy.
As situações mais confortáveis são de Antonio Anastasia (PSDB), em Minas Gerais, e Romário (PSB), no Rio de Janeiro. O ex-governador mineiro deve se eleger para o Senado com folga. Ele tem 47% de intenção de voto contra 21% de seu principal concorrente, o empresário Josué Alencar (PMDB) – filho do ex-vice-presidente da República José Alencar, morto em 2011, o peemedebista concorre com apoio de Lula e da presidente Dilma. Já o ex-jogador de futebol Romário, apoiador de Marina Silva (PSB), tem 51% nas pesquisas de opinião contra 20% do ex-prefeito carioca, vereador Cesar Maia (DEM).
No Espírito Santo, dois candidatos chegam com chances de se eleger neste domingo: Rose de Freitas (PMDB) e João Coser (PT). É o único Estado do Sudeste com favoritismo para os partidos da base aliada do governo federal.
Sul – Os tucanos também devem reeleger neste domingo com tranquilidade o senador Alvaro Dias no Paraná. Ele tem 65% de preferência no Datafolha no único estado da região sul em que o Senado tem vaga definida. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, há duas disputas acirradas, com empate técnico.
Os candidatos gaúchos travam uma das principais disputas ao Senado no país. Tecnicamente empatados, o petista Olívio Dutra e o apresentador de TV Lasier Martins (PDT) alternam-se na liderança a cada semana. Um deles deve ficar com a vaga do senador Pedro Simon (PMDB), que havia desistido de concorrer a mais um mandato, mas voltou atrás após a morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB) – o então candidato ao Senado, Beto Albuquerque (PSB), virou vice  na chapa de Marina Silva.
Em Santa Catarina, também há disputa aberta, com empate técnico entre Paulo Bornhaussen  (PSB), apoiado por Marina Silva, e o peemedebista Dario Berger. O candidato do PMDB, apoiado pelo governador e favorito à reeleição Raimundo Colombo (PSD), assumiu a liderança numérica na última pesquisa Ibope: 24% contra 22% de Bornhaussen.
Nordeste – Uma das principais disputas do Nordeste ocorre em Pernambuco, estado impactado pela morte do ex-governador Eduardo Campos. O ex-prefeito de Recife João Paulo (PT) ainda lidera as intenções de voto para o Senado com 37%, segundo o Datafolha. Favorito, o petista termina a campanha, porém, de olho no ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (PSB), que chegou a 30% impulsionado pela família Campos.
Na Bahia, há empate técnico entre o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Geddel Vieira Lima (PMDB) e o vice-governador baiano Otto Alencar (PSD). Geddel é um dos rebeldes do PMDB e concorre na chapa de oposição ao governo federal e ao governo estadual de Jaques Wagner (PT). Ele liderou numericamente a disputa.
O tucano Tasso Jereissati tem uma eleição praticamente garantida no Ceará para ocupar a vaga de Inácio Arruda (PCdoB), que está deixando o Senado. Tasso voltará ao Legislativo depois de perder as eleições em 2010.
O ex-presidente Fernando Collor de Mello deve se reeleger ao Senado pelo PTB alagoano em uma batalha particular com a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL). A situação é semelhante em Sergipe, onde a senadora Maria do Carmo (DEM) garantirá mais oito anos de mandato contra o petista Rogério Carvalho.
No Piauí, o ex-governador Wilson Martins (PSB) deve ser derrotado por Elmano Férrer (PTB), ex-prefeito de Teresina (PI) e aliado do senador Wellington Dias (PT), favorito ao governo do estado.
Aliado do clã Sarney, o ex-ministro do Turismo Gastão Vieira (PMDB) trava uma disputa sem favoritos com Roberto Rocha (PSB), candidato oposicionista. O líder de intenções de voto na Paraíba é o peemedebista e ex-senador José Maranhão, que deve ficar na vaga do tucano Cícero Lucena.
No Rio Grande do Norte, duas mulheres chegam com chances iguais neste domingo: a petista Fátima Bezerra e Vilma de Faria (PSB).
Na Região Norte, partidos da base do governo Dilma devem ficar com todas as cadeiras no Senado. No Amazonas, o ex-governador Omar Aziz (PSD) tem quase metade das intenção de voto contra o candidato petista Francisco Praciano. No Acre, Gladson Cameli (PP) caminha para superar Perpétua Almeida (PCdoB).
No Pará, a situação é inversa à de São Paulo: o petista Paulo Rocha tem chances de tirar a cadeira do tucano Mario Couto Filho, atual senador. 
O senador José Sarney (PMDB), que desistiu de concorrer à reeleição decidido pela aposentadoria, manterá um de seus herdeiros políticos no Amapá. O favorito no Estado é o peemedebista Gilvan Borges – ex-senador, ele concorre contra o deputado Davi Acolumbre (DEM), apoiado pelo grupo do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Terceiro em votos nas eleições de 2010, Borges assumiu temporariamente a vaga de João Capiberibe (PSB) que estava impedido de tomar por ter sido barrado na Lei da Ficha Limpa. Posteriormente, Capiberibe conseguiu reverter a decisão na Justiça, e Borges deixou o Senado.
A senadora Kátia Abreu deve se reeleger sem dificuldades pelo PMDB no Tocantins. 
Em Rondônia, Acir Gurgacz (PDT) trava uma disputa apertada com Ivone Cassol (PP) para manter a cadeira de senador herdada em 2009 por ocasião da cassação de Expedito Junior (PPS), eleito para o posto em 2006. Ivone é mulher do ex-senador Ivo Cassol, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por fraude a licitações. Três candidatos têm chances de vitória em Roraima: José de Anchieta (PSDB), Luciano Castro (PR) e Telmário Mota (PDT).
Centro-Oeste – Ao menos um representante da Rede Sustentabilidade, partido que a presidenciável Marina Silva não conseguiu registrar a tempo das eleições, deve se sagrar vitorioso. No Distrito Federal, o deputado Reguffe (PDT) lidera com 41% das intenções de voto segundo o último Datafolha, contra 19% do deputado Geraldo Magela (PT) e 14% do senador Gim Argello (PTB), que deve perder a vaga herdada de Joaquim Roriz.
Em Goiás, o DEM deve eleger com folga Ronaldo Caiado, atual líder do partido na Câmara dos Deputados. Ele está 22 pontos porcentuais à frente de Vilmar Rocha (PSD), segundo o Ibope. Em Mato Grosso, os candidatos do PR, Wellington Fagundes, e do PSDB, Rogério Salles, polarizam a disputa, com vantagem para Fagundes. Em Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (PMDB) lidera a corrida contra Alcides Bernal (PP).

Reportagem de Felipe Frazão
fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pesquisas-indicam-renovacao-do-senado
foto:http://ejsape.blogspot.com.br/

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