26/02/2014

Arizona decide nesta semana se lei vista como homofóbica entra em vigor

Projeto que permite uso de religião para recusar serviços a homossexuais aguarda sanção de governadora republicana.



Um projeto de lei que permite a proprietários de empresas utilizar a religião como motivo para recusar serviço a homossexuais no Arizona aguarda a aprovação ou o veto da governadora do estado norte-americano, a republicana Jan Brewer. Aprovado na última quinta (20/02) pelo Legislativo por 33 votos contra 27, o texto não menciona as palavras “gays”, “orientação sexual” ou “identidade de gênero”, mas permite que qualquer pessoa - que poderia ser um indivíduo, uma assembleia ou estabelecimento comercial - negue serviços baseados em uma crença religiosa.
Jan Brewer deverá decidir se ela assinará ou vetará a nova legislação até esta sexta-feira (28/02). “Eu acredito que qualquer um que tenha um negócio próprio possa escolher com quem quer trabalhar e com quem não quer”, disse àCNN na sexta (21/02). Contudo, na segunda (24/02), ela afirmou ao mesmo veículo que “precisa olhar com calma o que o texto diz e fazer a coisa certa”, pois “a medida é muito controversa”, definiu. Apesar da reputação de conservadora nos seus cinco de anos de governo, ela tem recebido grande pressão tanto de políticos norte-americanos, quanto de empresários e outros movimentos sociais.

Entre os políticos norte-americanos, os senadores republicanos de Arizona, John McCain e Jeff Flake manifestaram em suas respectivas contas no Twitter o desejo pelo veto de Brewer. Democratas que representam o estado no Congresso, como Ann Kirkpatrick, Ron Barber e Kyrsten Sinema também usaram o microblog para contestar o projeto de lei. Sinema, que já havia se declarado publicamente bissexual, disse em comunicado que “Brewer deve considerar as consequências negativas da legislação”.
Se a governadora aprovar o texto, o estado poderia enfrentar diversos boicotes de empresários, por potencialmente prejudicar a economia e o turismo do Arizona. “Após analisar o projeto de lei, nós estamos muito preocupados com os efeitos que isso poderia causar na economia do Arizona. Nós não apoiamos as medidas que podem expor nossos negócios para o litígio, nem queremos enviar uma mensagem de que nosso estado é tudo menos um lugar aberto e atraente”, disse a Câmara de Comércio do Arizona em carta assinada por outros influentes grupos financeiros.
Além disso, o projeto de lei causou indignação da comunidade LGBT no estado e do país. Na última sexta (21/02), o grupo Wingspan realizou uma marcha com cerca de 200 pessoas em frente ao escritório da governadora, com mensagens como “Deus nos criou iguais” e “Que vergonha, Arizona”.
O texto foi proposto pelo Centro de Políticas do Arizona, um grupo conservador que se opõe, entre outras coisas, ao aborto e ao casamento entre pessoas do mesmo gênero.  Cathi Herrod, presidente do centro, afirmou à CNN que “o projeto de lei tem a simples premissa que os  norte-americanos deveriam ser livres para viver e trabalhar de acordo com sua fé religiosa”. Para ela, os que se opõem ao texto estão “mostrando uma hostilidade inacreditável às crenças religiosas”.



fonte:http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/34131/arizona+decide+nesta+semana+se+lei+vista+como+homofobica+entra+em+vigor.shtml
foto:http://psturio.blogspot.com.br/2013_05_01_archive.html

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