
O escândalo veio a público quando cerca de trinta delas ofereceram seu depoimento em um programa de televisão que tentava dar uma resposta à queda de mais de 20% na taxa de natalidade desse grupo étnico, segundo um informe da organização Isha L’Isha. "Disseram para nós que pessoas que davam à luz muitas vezes sofriam. Tomávamos a injeção a cada três meses. Nós não queríamos", contou diante das câmeras uma das etíopes que chegou a Israel há oito anos.
A maioria dessas mulheres, que são acolhidas nos chamados "centros de absorção", já recebiam – de acordo com seus próprios testemunhos – o anticoncepcional injetável nos acampamentos que a Agência Judaica administra na Etiópia, passagem obrigatória antes do translado para Tel Aviv. "Descobrimos que 57% das mulheres que iam para as consultas para receber o Devo-Provera eram etíopes e que uma vez em Israel continuaram com as injeções", comenta Hevda Eval, porta-voz do Isha L’Isha. "Suspeitamos que havia motivações étnicas para reduzir seu número de filhos porque sua taxa de natalidade é maior que a do resto", diz.
O Ministério da Saúde de Israel e a Agência Judaica afirmam desconhecer a prática de injeções com Depo-Provera. Mas os ativistas não acreditam. "É impossível que não soubessem", denuncia Orit Isaschar. "Estamos falando de anos e de milhares de mulheres afetadas, como é possível acreditar que ninguém soubesse?", conclui a porta-voz da ONG.
Reportagem de Ana Garralda
Tradutor: Lana Lim
fonte:http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/elpais/2013/02/08/mulheres-etiopes-denunciam-a-administracao-forcada-de-contraceptivos-em-israel.htm
foto:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/01/milhares-de-israelenses-protestam-por-racismo-contra-imigrantes-etiopes.html
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