24/02/2012

Tragédia ferroviária na Argentina gera polêmica sobre transporte

Antes de qualquer comentário, toda solidariedade ao povo argentino, especialmente aos atingidos diretamente por esta tragédia que segundo as informações que estão sendo veiculadas na mídia, foi uma tragédia anunciada:  

Autoridades disseram que sistema de freios estava em péssima situação desde 2008.


O acidente que deixou 50 mortos e quase 700 feridos em Buenos Aires, esta semana, é o mais grave desde os anos 1970 e o terceiro pior da história argentina. Segundo sindicalistas ferroviários, a estrutura da rede de trens do país é tão ultrapassada que a sinalização, em muitos casos, é da década de 1920.O último acidente grave aconteceu há três meses, quando seis meninas e dois professores de uma escola católica morreram depois que o ônibus em que viajavam para um retiro espiritual foi atingido por um trem de carga, na cidade de Zanjitas.Pouco antes, em setembro, outro acidente envolvendo um ônibus e dois trens deixou 11 mortos e mais de 200 feridos. Em 2011, cinco acidentes envolvendo trens deixaram 23 mortos e cerca de 300 feridos no país.
A maior tragédia ferroviária da história argentina aconteceu em 1970, quando uma batida entre dois trens causou a morte de 236 pessoas, no norte de Buenos Aires. O segundo acidente mais grave ocorreu em 1978. Um caminhão colidiu com uma vagão, deixando 55 mortos.Além da falta de segurança nas linhas ferroviárias, os passageiros reclamam da superlotação e dos atrasos constantes na rede, que é operada por empresas privadas, mas recebe pesados subsídios do governo.
Governo - O governo da Argentina é o principal autor da ação que investigará as causas do acidente ocorrido em uma estação de trem de Buenos Aires, na quarta-feira (22). A decisão foi anunciada pelo ministro do Planejamento, Julio de Vido. Além disso, o Congresso da Argentina pressiona para que as autoridades prestem esclarecimentos sobre o episódio.
Segundo o ministro, ninguém terá "terá um esquema especial de proteção”.
O ministro disse que o objetivo do governo é “defender o interesse público”. O ministro acrescentou ainda que as autoridades acompanharam todas as pessoas afetadas, incluindo os feridos e seus parentes.
"Uma vez que estabelecidos as causas e os motivos [do acidente], que esperamos ocorrer em um tempo relativamente curto, vamos acompanhar a decisão administrativa de um inquérito judicial para fins de salvaguarda do interesse público”, disse o ministro.


Reportagem de Renata Giraldi
foto:noticias.r7.com

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