Antes de qualquer comentário, toda solidariedade ao povo argentino, especialmente aos atingidos diretamente por esta tragédia que segundo as informações que estão sendo veiculadas na mídia, foi uma tragédia anunciada:
Autoridades disseram que sistema de freios estava em péssima situação desde 2008.
O acidente que deixou 50 mortos e quase 700 feridos em Buenos Aires, esta semana, é o mais grave desde os anos 1970 e o terceiro pior da história argentina. Segundo sindicalistas ferroviários, a estrutura da rede de trens do país é tão ultrapassada que a sinalização, em muitos casos, é da década de 1920.O último acidente grave aconteceu há três meses, quando seis meninas e dois professores de uma escola católica morreram depois que o ônibus em que viajavam para um retiro espiritual foi atingido por um trem de carga, na cidade de Zanjitas.Pouco antes, em setembro, outro acidente envolvendo um ônibus e dois trens deixou 11 mortos e mais de 200 feridos. Em 2011, cinco acidentes envolvendo trens deixaram 23 mortos e cerca de 300 feridos no país.
A maior tragédia ferroviária da história argentina aconteceu em 1970, quando uma batida entre dois trens causou a morte de 236 pessoas, no norte de Buenos Aires. O segundo acidente mais grave ocorreu em 1978. Um caminhão colidiu com uma vagão, deixando 55 mortos.Além da falta de segurança nas linhas ferroviárias, os passageiros reclamam da superlotação e dos atrasos constantes na rede, que é operada por empresas privadas, mas recebe pesados subsídios do governo.
Governo - O governo da Argentina é o principal autor da ação que investigará as causas do acidente ocorrido em uma estação de trem de Buenos Aires, na quarta-feira (22). A decisão foi anunciada pelo ministro do Planejamento, Julio de Vido. Além disso, o Congresso da Argentina pressiona para que as autoridades prestem esclarecimentos sobre o episódio.
Segundo o ministro, ninguém terá "terá um esquema especial de proteção”.
O ministro disse que o objetivo do governo é “defender o interesse público”. O ministro acrescentou ainda que as autoridades acompanharam todas as pessoas afetadas, incluindo os feridos e seus parentes.
"Uma vez que estabelecidos as causas e os motivos [do acidente], que esperamos ocorrer em um tempo relativamente curto, vamos acompanhar a decisão administrativa de um inquérito judicial para fins de salvaguarda do interesse público”, disse o ministro.
Reportagem de Renata Giraldi
foto:noticias.r7.com
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