O
horário de verão terminou à 0h deste domingo, e os brasileiros das regiões
Centro-Oeste, Sul e Sudeste e da Bahia deverão atrasar os relógios em uma hora.
A mudança nos ponteiros ocorre sempre nos terceiros domingos de outubro - o
horário vigente iniciou em 16 de outubro de 2011 - e de fevereiro, mas neste
ano o Ministério de Minas e Energia atrasou o fim do ajuste devido ao Carnaval.
A norma busca
conscientizar a população em relação ao aproveitamento da luz natural, além de
estimular o uso racional da energia elétrica. Na prática, o adiantamento do
horário em uma hora diminui o carregamento nas linhas de transmissão, nas
subestações e nos sistemas de distribuição, de forma que o atendimento no
período de maior consumo - entre 18h e 21h - ocorra com maior eficiência.
O Decreto nº 6.558 de 2008 orienta o
funcionamento do ajuste, que nos últimos 10 anos possibilitou uma redução média
de cerca de 5% ao ano na demanda por energia no horário de maior consumo. Isso
significa que as usinas deixaram de gerar, no horário de maior carga, cerca de
2 mil MWt a cada ano - duas vezes a carga no horário de ponta da cidade de Belo
Horizonte ou 75% da demanda da cidade de Curitiba. O ajuste é válido para todos
os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País, além do Distrito Federal. No
ano passado, a Bahia foi incluída pela primeira vez na lista de Estados que
adotam o horário de verão.
A economia nesta edição a R$ 160
milhões. Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), isso tem como
consequência a redução da tarifa de energia elétrica para o consumidor.Dados
reunidos pela ONS apontam para uma redução da demanda no horário da ordem de
2.555 MW - 1.840 MW no Sudeste e Centro-Oeste, 610 MW no Sul e 105 MW no
Nordeste - neste ano, o Estado da Bahia passou a adotar o horário alternativo.
A redução representa 4,6% da demanda máxima dos três subsistemas.
Ainda conforme o órgão regulador, a
redução de energia foi de 0,5% em todos os subsistemas envolvidos, o que
equivale a 8% do consumo mensal da cidade do Rio de Janeiro ou 10% do consumo
mensal de Curitiba e 0,5% do consumo mensal de Feira de Santana (BA). No caso
de São Paulo, houve redução de demanda de 4,5% no horário de pico - resultando
em economia de 985 MW, a maior do País.
O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp,
destacou que a medida também aumenta a segurança do sistema e diminui custos de
operação. O Ministério das Minas e Energia já havia adiantado nesta semana que
pretende continuar a adotar anualmente o horário de verão.
Histórico
O americano Benjamin Franklin foi o primeiro a propor o
adiantamento os relógios para aproveitar melhor as horas de sol, em 1784,
quando ainda não havia energia elétrica. Sua ideia, porém, não foi adotada pelo
governo dos Estados Unidos. O primeiro país a utilizar a medida foi a Alemanha,
durante a 1ª Guerra Mundial.
No Brasil, o horário alternativo foi
adotado pela primeira vez em 1931, com duração de cinco meses. Até 1967, a mudança no horário
ocorreu 11 vezes. Desde 1985, no entanto, a medida vem sendo adotada sem
interrupções, com diferenças apenas nos Estados ou no período de duração. Em
2008, um decreto presidencial instituiu que o horário de verão vai começar
sempre à 0h do terceiro domingo de outubro e terminar à 0h do terceiro domingo
do mês de fevereiro do ano seguinte. Se a data coincidir com o domingo de
Carnaval, o fim do horário de verão é transferido para o domingo seguinte.
foto:inglesparaleigos.com
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