17/10/2011

Não vá esquecer: já estamos no horário de verão

Já arrumou os relógios? De acordo com a ONS o horário de verão significará uma economia entre R$ 75 milhões e R$ 100 milhões para o Brasil.



Ontem começou a maior temporada de horário de verão desde 1985, com 133 dias. Os relógios foram adiantados em uma hora em 12 Estados (nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e a Bahia) e no Distrito Federal.
Neste ano, o período será longo porque, quando há coincidência entre o dia previsto para o término e o domingo de carnaval, o encerramento deve ser no fim de semana seguinte. No caso, dia 26 de fevereiro de 2012. O objetivo é evitar que, no meio da folia, a população se esqueça de ajustar os relógios.
O horário de verão vai trazer uma economia de entre R$ 75 milhões e R$ 100 milhões para o País. A estimativa é do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Considerando-se todos os Estados atingidos pela medida, a diminuição da demanda estimada de eletricidade será de 4,6%, ou o equivalente a 2.650 megawatts.
Bovespa
O início do horário de verão vai alterar os horários de funcionamento do mercado de capitais brasileiro a partir de hoje. O pregão regular da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) passa a funcionar das 11h (hora de Brasília) às 18h, abrindo uma hora mais tarde, de modo a manter o atual descasamento de apenas meia hora com sua maior referência: a Bolsa de Nova York, que abre às 11h30, pelo horário de verão brasileiro.Em compensação, a abertura da Bolsa brasileira ficará duas horas distante do início das operações no segmento de câmbio doméstico, que começa a operar a partir das 9h, e não deve sofrer alterações. O chamado pregão "after market" da Bolsa (as operações realizadas após o encerramento normal do pregão) passa a funcionar entre as 18h30 e 19h30. Já na BM&F, as negociações com os contratos futuros e opções de índice de ações passam para o horário das 10h às 18h30.Os contratos futuros de juros (DI) seguem no horário das 9h às 16h. Para a roda de dólar pronto, as operações continuam das 9h às 16h15, e no caso dos contratos futuros de dólar, das 9h às 18h.Extensão12 estados e o Distrito Federal adotam o horário de verão, adiantando o relógio em uma hora até 26 de fevereiro.

Fonte:http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1057122
foto:etecetera.net

Saiba mais sobre o horário de verão

O Horário de Verão consiste no adiantamento dos relógios para promover economia de energia elétrica com o aproveitamento da luz natural dos dias mais longos das estações de verão/primavera; nas estações de outono/inverno os relógios são atrasados, retornando assim ao horário habitual.
O horário de verão é utilizado por cerca de 30 países. No Brasil, os relógios são adiantados ou atrasados em 1 hora, mas isto varia de país para país. Foi Benjamin Franklin, em 1784, quem teve a idéia de implantar o horário de verão para economizar velas.
Mas a proposta só foi encarada seriamente durante a I Guerra Mundial, sendo adotada também pela Inglaterra e Alemanha. Na II Guerra Mundial, a Inglaterra adotou o sistema novamente, adiantando os relógios em 2 horas. A partir daí, outros países adotaram o horário de verão e continuaram a utilizá-lo mesmo após a guerra.
Nos Estados Unidos, o horário de verão começa no primeiro domingo de abril e termina no último domingo de outubro. Na Inglaterra começa 1 semana antes do que nos Estados Unidos. Em outros países europeus termina na última semana de setembro. No Brasil, o horário de verão começa no início de outubro e termina em meados de fevereiro.
Tire suas dúvidas
1. O horário de verão traz mudanças para o relógio biológico?
Sim, os efeitos do horário de verão são semelhantes ao de uma viagem de avião em que se cruza um fuso horário, sendo que no início essa viagem seria no sentido leste-oeste e no término, no sentido oeste-leste.
Em condições normais os diversos ritmos do nosso organismo (por ex. ciclo vigília-sono, ritmo de temperatura, etc..) estão sincronizados entre si (o que é chamado de ordem temporal interna) assim como ao claro-escuro ambiental.
Com o horário de verão ou a mudança de fusos horários, o organismo tende a sincronizar seus ritmos ao novo horário, no entanto, como cada ritmo tem uma velocidade própria de ajuste ao novo horário, a relação de fase entre os ritmos é modificada (o que chamamos de desordem temporal interna). Após alguns dias ou semanas (dependendo do indivíduo) a ordem temporal interna é restabelecida.
2. Que tipo de alteração a pessoa pode apresentar?
Durante essa fase de desordem temporal interna o indivíduo pode experimentar um mal-estar, dificuldade para dormir no horário habitual (o horário do relógio) e sonolência diurna, o que pode levar também a alterações de humor e de hábitos alimentares.
3. É verdade que existem grupos de pessoas que sofrem mais, dependendo da regulagem de seu relógio biológico, os vespertinos por exemplo?
Sim, a resposta ao horário de verão é bastante variável entre os indivíduos. Um estudo feito no Brasil, no qual foram entrevistadas 77 pessoas de SP, RS e RN revelou que cerca de 50% das pessoas queixam-se da qualidade de sono após a implantação do horário e as diferenças entre o antes e depois são mais significativas para pessoas que dormem pouco (os chamados pequenos dormidores).
Parece também que os indivíduos vespertinos teriam mais facilidade para se adaptar a entrada do horário do que os matutinos e na saída do horário a situação se inverteria, sendo mais fácil para os matutinos do que para os vespertinos, mas não existem estudos a esse respeito, trata-se de uma suposição.
4. De que forma essas pessoas são caracterizadas?
O caráter de matutinidade/vespertinidade é avaliado atráves de um questionário. As pessoas matutinas são aquelas que gostam de acordar e dormir cedo e sentem-se bem dispostas na parte da manhã.
Os vespertinos são aqueles que preferem dormir mais tarde, acordar mais tarde (quando é possível), sentem-se bastante sonolentos na parte da manhã e atingem sua maior disposição do fim da tarde em diante. Além desses tipos, existem os indivíduos classificados como indiferentes porque possuem uma maior flexibilidade para alocar seu sono seja para mais cedo ou mais tarde, sem prejuízo ao seu bem-estar.
É importante lembrar que a distribuição desses tipos na população segue uma distribuição normal, ou seja, a maioria é indiferente, os tipos extremos de matutinos e vespertinos são minoria, mas existem. A mesma regra vale para a existência de pequenos, médios e grandes dormidores, a maioria dos indivíduos necessita aproximadamente 8 horas de sono, enquanto uma pequena parcela necessita menos e outra parcela mais de 8 horas.
5. Isso é uma preferência pessoal?
Sim e não. É uma preferência pessoal no sentido que só o indivíduo é capaz de saber qual é a sua melhor hora para dormir, acordar, trabalhar, fazer exercícios físicos, etc..; mas essa preferência não pode ser atribuída exclusivamente às convenções sociais. Há evidências recentes de que o caráter de matutinidade/vespertinidade possui uma determinação genética.
6. Durante esse período, os riscos de acidentes podem aumentar? Há pesquisas sobre isso?
Sim, principalmente na entrada do horário de verão quando se perde pelo menos uma hora de sono. No Brasil não existem estatísticas a respeito. No Canadá foi realizado um estudo que mostrou que no dia seguinte à implantação do horário ocorreu um aumento de 7% no número de acidentes de trânsito. A situação volta ao normal somente uma semana após a implantação.
Na retirada do horário (quando se ganha uma hora) ocorre uma diminuição do número de acidentes no primeiro dia e um aumento de cerca de 7% uma semana depois da retirada do sistema.
7. O que pode ser feito para minimizar os efeitos da mudança?
Recomenda-se aos indivíduos que, na medida do possível, preparem-se para dormir mais ou menos no horário de sempre (do relógio). Uma boa dica é dormir com as janelas abertas pelo menos nos primeiros dias para acordar com a claridade. Isso ajuda na sincronização. Outra recomendação é que não dirijam por muito tempo (por exemplo pegar estradas) durante os dias em que se sentem sonolentos e irritados.
8. Sendo a implantação do horário no domingo, adiantar o relógio no sábado pode ser uma boa opção?
Sim, pode ser uma opção, mas como essa adaptação leva pelo menos uns 4 dias, não vai adiantar muito porque na segunda-feira possivelmente ainda se sentirá os efeitos da mudança, mas enfim pode ajudar.

Texto de Luciana Mello e Cláudio Moreno
fonte:http://educacaofisica.org/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=42&Itemid=2

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