27/01/2017

Monitorar idosos a distância, com pulseira e sensor de queda, vira negócio


Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, a prestação de serviços para a terceira idade está em alta, segundo especialistas. Principalmente serviços de cuidados com idosos.
As empresas de monitoramento a distância oferecem ao cliente uma pulseira com um botão de emergência; se o botão é acionado, um atendente da empresa entra em contato com o idoso para checar se está tudo bem. O equipamento tem viva-voz com microfone, para facilitar a comunicação. Em casos graves, a empresa entra em contato com um familiar.
Três negócios nesta área. Confira.

Tele Help: maioria das ligações é de idosos 'solitários'

A Tele Help foi criada em janeiro de 2006, em São Paulo, e, atualmente, atende 10 mil clientes em todo o Brasil. A empresa não divulga números, mas diz que o movimento vem crescendo ano a ano, segundo a diretora-geral, Juliana Barbiero. Em 2016, ela diz que houve um aumento de 50% em relação ao ano anterior.
  • Investimento inicial: R$ 29.900, com  taxa de franquia, custo de instalação e capital de giro
  • Faturamento mensal: a partir de R$ 6.500
  • Lucro médio mensal: a partir de R$ 2.620 (40% do valor do faturamento)
  • Retorno do investimento: em até 14 meses

LinCare: Start-up será lançada em março

A empresária Ana Claudia Mata, 29, e o sócio, Ivens Leão, 31, pretendem lançar, em março deste ano, a start-up (empresa iniciante de tecnologia) LinCare. A sede ficará em Belo Horizonte (MG), mas atenderá clientes em todo o país. Similar às demais, ela também oferece uma pulseira com botão emergência, mas a empresa também criou um aplicativo de celular para a família pode acompanhar o dia do idoso.
  • A empresa tem um único plano de serviços, que custa R$ 59,90.
  • A taxa de adesão é de R$ 490.
"Com o aplicativo, o familiar consegue saber, inclusive, se o idoso dormiu bem. Se ele dorme seis horas por dia, por exemplo, e começa a se movimentar antes disso, a pulseira já sinaliza que ele levantou mais cedo", diz Mata.
Eles começaram o projeto há 15 meses com dinheiro de investidores. O valor não foi divulgado. A previsão é que a empresa fature R$ 7 milhões já no primeiro ano.

Aumento da expectativa de vida favorece setor

Com o aumento da expectativa de vida da população, a tendência é que aumente a oferta de serviços com foco na terceira idade, diz Fabiano Nagamatsu, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
"O mercado é bastante promissor, e novos serviços estão começando a aparecer. O monitoramento a distância, por exemplo, é uma alternativa para espaços de recreação. Às vezes, o idoso precisa ser observado, mas prefere ficar na sua residência."
Outro especialista, Junior Nascimento, diretor da Cia de Franchising, diz que dois pontos favorecem as empresas que apostam no setor: o aumento da expectativa de vida da população e o alto custo para manter um cuidador em casa, com a nova lei das domésticas.

Resistência à tecnologia

Nagamatsu afirma, no entanto, que alguns idosos podem não querer usar a pulseira, o que é normal para esse público. Nascimento também diz que não é qualquer negócio que pode ser beneficiado com o aquecimento do mercado.
"É preciso tomar muito cuidado antes de fechar o negócio para verificar se a franquia está bem estruturada. O empresário precisa provar que teve sucesso no negócio antes de formatar uma rede. Só pode franquear o que se teve sucesso, o que foi testado. A experiência de outra empresa não é o bastante."

Onde encontrar


Reportagem de Márcia Rodrigues
fonte:http://economia.uol.com.br/empreendedorismo/noticias/redacao/2017/01/27/monitorar-idosos-a-distancia-com-pulseira-e-sensor-de-queda-vira-negocio.htm
foto:http://money.aol.co.uk/2012/09/11/does-the-nhs-owe-you-80-000/

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