22/11/2016

Amsterdã abrirá mão de gás natural para combater a mudança climática


Do carvão ao gás natural, e agora a energia limpa. A prefeitura de Amsterdã deu início a um ambicioso plano de reconversão energética com a finalidade de acabar até 2050 com o uso do gás natural em toda a cidade e torná-la, assim, uma “zona livre de emissões de CO2”. Para cumprir com o previsto no Acordo de Paris (assinado em abril passado), que visa a evitar um aumento de 2 graus da temperatura do planeta, as autoridades holandesas começarão desconectando da rede, em 2017, 10.000 moradias antigas de sua propriedade. Dois bairros novos já foram construídos sem essa infraestrutura, e se espera que, nos próximos quatro anos, cerca de 100.000 moradias já possam utilizar “uma rede alternativa alimentada com a energia que sobra da indústria bem como daquela que é derivada da queima de resíduos em equipamentos específicos”, assinalam seus representantes. Essa modalidade já abastece, hoje, na cidade, cerca de 70.000 imóveis servidos pela Nuon, uma companhia de eletricidade e de gás que atua no país, na Bélgica e no Reino Unido.
Do carvão ao gás natural, e agora a energia limpa. A prefeitura de Amsterdã deu início a um ambicioso plano de reconversão energética com a finalidade de acabar até 2050 com o uso do gás natural em toda a cidade e torná-la, assim, uma “zona livre de emissões de CO2”. Para cumprir com o previsto no Acordo de Paris (assinado em abril passado), que visa a evitar um aumento de 2 graus da temperatura do planeta, as autoridades holandesas começarão desconectando da rede, em 2017, 10.000 moradias antigas de sua propriedade. Dois bairros novos já foram construídos sem essa infraestrutura, e se espera que, nos próximos quatro anos, cerca de 100.000 moradias já possam utilizar “uma rede alternativa alimentada com a energia que sobra da indústria bem como daquela que é derivada da queima de resíduos em equipamentos específicos”, assinalam seus representantes. Essa modalidade já abastece, hoje, na cidade, cerca de 70.000 imóveis servidos pela Nuon, uma companhia de eletricidade e de gás que atua no país, na Bélgica e no Reino Unido.
Embora até o momento os novos contratos tenham sido firmados com imobiliárias para facilitar os trâmites, a boa disposição de todas as partes decorre dos problemas para a obtenção de gás natural do Mar do Norte. A Holanda explora ali a maior reserva europeia, mas sua extração produz terremotos de até 4,5 graus na escala Richter na região de Groningen, noroeste do país. Em 2014, a Sociedade do Petróleo e do Gás (NAM, na sigla em holandês) recebeu 19.000 denúncias de moradores apontando gretas e telhados tombados. Propriedade das empresas Esso e Shell, a NAM fabrica 75% do gás natural da Holanda. No entanto, quando se soube que o Governo ignorou os perigos à população para não comprometer os lucros, foi preciso retroceder. O Ministério de Energia aceitou que saíssem apenas 30 bilhões de metros cúbicos anuais da jazida de Groningen, e em 2015 foram extraídos 29 bilhões. Para compensar o restante, foi preciso importar gás da Rússia e da Noruega. Uma dependência sujeita aos vaivéns políticos, em especial no caso russo, que o projeto de Amsterdã tenta reduzir.


Reportagem de Isabel Ferrer
fonte:http://brasil.elpais.com/brasil/2016/11/18/ciencia/1479463029_431434.html
foto:https://www.sixt.com.br/aluguel-de-carro/holanda/amsterdam

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