O prefeito
falastrão da cidade de Davao, Rodrigo Duterte (foto acima), do Partido Democrático Filipino
- Poder do Povo (PDP - Lakan), caminha para se tornar o novo presidente das
Filipinas. A vitória nas eleições de segunda-feira ainda não foi confirmada,
mas uma contagem extra-oficial de votos mostrou que ele tem uma enorme
dianteira sobre seus dois concorrentes mais próximos, que já reconheceram a
derrota. Não está claro quando a vitória de Duterte será anunciada
oficialmente, mas o novo presidente deve assumir o cargo no dia 30 de junho.
Três décadas depois da revolução que expulsou do poder o ditador
Ferdinand Marcos, os críticos do provável novo presidente advertiram para o
risco de que sua eleição resulte em um novo período conturbado para as
Filipinas. Em uma campanha repleta de provocações, o advogado e ex-procurador
de 71 anos, que na juventude integrou uma organização comunista, prometeu
exterminar milhares de criminosos.
"Se for eleito presidente, farei exatamente o que fiz como
prefeito. Vocês, traficantes, assaltantes e canalhas, seria melhor que fossem
embora, porque vou matá-los", esbravejou em seu último comício.
"Esqueçam as leis sobre os direitos humanos", gritou Duterte. Os
insultos também ganharam as primeiras páginas dos jornais, como no dia em que
xingou o papa de "filho da p..." ou quando tentou fazer piada ao
afirmar que gostaria de ter sido o primeiro no estupro coletivo de uma
missionária australiana em 1989.
Até a tarde local de terça-feira, a contagem revelava que
Duterte tinha quase 39% das urnas. Com 92% dos votos apurados, ele tem 6
milhões a mais que o segundo colocado, Max Roxas, candidato do Partido Liberal
e ex-ministro do interior, em um universo de 54 milhões de eleitores.
Duterte declarou que se considera o "primeiro presidente de
esquerda" das Filipinas. Seu partido surgiu em oposição ao governo
autoritário de Ferdinand Marcos. Desde que iniciou na política, o novo
presidente reforça um discurso contra as elites e a corrupção no país.
Entre os principais planos do candidato está uma reforma no
sistema de governo do país que devolveria o poder da "Manila
imperial" para as províncias. Sua intenção é propor uma revisão
constitucional que trocaria a forma de governo unitária por um modelo
parlamentarista e federalista.
Deputada transexual - A
liberal Geraldine Roman, de 49 anos, foi a primeira transexual eleita para o
Congresso das Filipinas. Ela expressou nesta terça-feira sua satisfação com o
que chamou de vitória contra a "intolerância", o "ódio" e a
"discriminação". Seu triunfo nas legislativas é motivo de esperança
para o movimento de defesa dos diretos das lésbicas, gays, bissexuais e
transexuais (LGBT) em um país com 80% de católicos e onde divórcio, aborto e
casamento gay são ilegais, e nenhum homossexual ocupa um cargo político
importante. "A política da intolerância, do ódio e da discriminação não
foi mais forte. Venceu a política do amor, da tolerância e do respeito",
declarou após ser eleita por sua província de Bataan, a noroeste de Manila.
fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/filipinas-elege-novo-presidente-polemico-esquecam-as-leis-sobre-os-direitos-humanos
foto:http://asiapacific.anu.edu.au/newmandala/2016/04/29/the-neo-authoritarian-threat-in-the-philippines/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita e pelo comentário!