A nova bancada de 27 senadores eleitos neste domingo também é mais escolarizada em relação à que saiu das urnas há oito anos.
Os 27 senadores eleitos neste domingo para os próximos oito anos de mandato no Senado Federal deixaram a Casa mais jovem e escolarizada, além de 768% mais rica. A idade média dos parlamentares caiu oito anos: os eleitos em 2006 teriam atualmente 67 anos em média, enquanto os novos senadores têm pouco mais 58 anos.
A troca de cadeiras na região Norte contribuiu para o rejuvenescimento da Casa. A média de idade diminuiu bastante com a entrada de Gladson Cameli (PP), de 36 anos, pelo Acre, e de Davi Acolumbre (DEM), de 37 anos, pelo Amapá. O senador mais velho a entrar no Senado é José Maranhão (PMDB), pela Paraíba. Saíram do Senado o petebista Epitácio Cafeteira (MA), de 90 anos, o pedetista João Durval (BA), de 85 anos, os peemedebistas Pedro Simon (RS) e José Sarney (AP), ambos de 84 anos, além do ex-senador pefelista Eliseu Resende (MG) – morto em 2011, ele teria 84 anos hoje.
O patrimônio declarado dos senadores eleitos cresceu 768% em comparação com a bancada que saiu das urnas há oito anos. A soma dos bens dos novos eleitos é de 479.606.392,35 milhões de reais. O salto no patrimônio declarado pelos senadores se deve ao retorno de Tasso Jereissati (PSDB), eleito pelo Ceará. Ele havia sido derrotado nas eleições de 2010. O multiempresário é dono de 81% de todos os bens dos 27 senadores: pouco mais de 389 milhões de reais. Também há casos de senadores que enriqueceram, como o ex-presidente Fernando Collor de Mello, do PTB alagoano. O patrimônio de Collor saiu de 4,8 milhões de reais para 20,3 milhões de reais, valorização de 322%.
Em 2006, os senadores declararam bens avaliados em 55.228.944,58 milhões de reais – com 14,1 milhões de reais, o mais rico era o democrata Jayme Campos, de Mato Grosso. Dono de fazendas e frigoríficos, atualmente ele declara ter mais de 67 milhões de reais em bens. Campos concorreria à reeleição, mas renunciou.
Eleito no Maranhão contra o ex-ministro do Turismo Gastão Vieira (PMDB), um aliado de Sarney, o empresário Roberto Rocha (PSB) declarou a menor lista de bens: 152.252,30 reais, entre cotas de empresas agropecuárias e de radiodifusão, como rádios e TVs locais.
Há oito anos, quatro dos parlamentares que ingressaram no Senado declararam ter estudado apenas até o Ensino Médio – algo raro na lógica partidária brasileira, que privilegia os mais escolarizados, principalmente em cargos majoritários. No ano que vem, nenhum dos que assumirão um novo mandato tem escolaridade tão baixa. Todos os 27 parlamentares disseram estar no ensino superior: 22 são diplomados e cinco ainda não completaram a graduação.
Em 2014, o Senado renovou ao todo 22 cadeiras. Dos 27 senadores cujos mandatos se encerram em 2015, dez tentaram a reeleição e só metade teve sucesso nas urnas: os reeleitos são Fernando Collor (AL), Alvaro Dias (PR), Acir Gurgacz (RO), Kátia Abreu (TO) e Maria do Carmo (SE). Despedem-se do Legislativo Pedro Simon (RS), Eduardo Suplicy (SP), Mario Couto (PA), Mozarildo Cavalcanti (RR) e Gim Argello (DF).
Reportagem de Felipe Frazão
fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/senado-rejuvenesce-e-fica-768-mais-rico
foto:http://radioboanova.com.br/artigos/votar-acao-sagrada-livre-arbitrio/
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