19/09/2012

Quase 30% das mães solteiras argentinas são empregadas domésticas


Na Argentina, tem aumentado o número de mães solteiras que ingressam no campo laboral, pelo que agora são as principais provedoras econômicas em seus lares ao contribuir em média com 80% da renda familiar, disse a Fundação Observatório da Maternidade.
Em seu boletim informativo, a Fundação detalhou que são as mães com lares monoparentais que apresentam taxas mais elevadas de participação laboral, em comparação com as que vivem em lares biparentais.
Em média, 85% das mães solteiras trabalham de maneira remunerada, igual que 98,5% dos homens que convivem com filhos, e 55,1% das mães que estão casadas ou vivem com algum cônjuge.
Este aumento se deve, em grande parte, a que estão rompendo os esquemas tradicionais das mães que eram mantidas por seus esposos ou cônjuges; agora elas também devem trabalhar.
De acordo com o Observatório da Maternidade, duplicaram-se os lares chefiados por mulheres; em 1985, 6,7% das mães não tinham parceiro estável, enquanto que em 2010 a cifra subiu até 14,7%.
Entre as principais razões pelas quais surgem os lares monoparentais estão: com 54,4%, as mães que se separam ou divorciam; 36,7% é de mães solteiras, e 8,8% é porque a mulher enviuvou.
Na opinião da Comissão Econômica para América Latina (Cepal), o fato de que as mulheres tenham um salário permite que consolidem sua autonomia econômica, e lhes confere poder de decisão sobre o destino de seus lucros, já que quem é dependente não pode tomar decisões sobre suas rendas.
Por outro lado, as mulheres também apresentam dificuldades para ter acesso ao campo de trabalho e ao conseguir enfrentam empregos de escassa qualidade, nos quais suas rendas econômicas não são suficientes para garantir tanto seu nível de vida como o de suas filhas ou seus filhos. Isso as pode colocar em uma situação de pobreza, mesmo que não provenham desse nível socioeconômico.
Tal dificuldade se explica por duas razões fundamentais: várias destas mulheres nunca trabalharam ou se ausentaram por um longo tempo do campo laboral para cuidar de suas filhas e seus filhos, o que recai na falta de experiência; ou muitas delas têm um baixo nível de escolaridade.
De acordo com o Observatório da Maternidade, somente 10,1% das mães casadas ou unidas se desempenham como profissionais, diante do 2,5% das mulheres solteiras.
Por isso os trabalhos costumam ser precários ou informais, como é o serviço doméstico, pois neste as remunerações são baixas e existem poucas condições de qualidade para trabalhar.
Segundo a fundação argentina, 27,1% das mães solteiras se desempenham no serviço doméstico, diante de 16,6% das mães casas ou unidas.
O Observatório da Maternidade demanda a melhoria das oportunidades de emprego das mulheres para que suas condições de trabalho sejam dignas, livres de discriminação e abusos, posto que as causas desta situação respondem a desigualdade de gênero e aos escassos apoios institucionais.
Pelo que esta organização proclama por reverter a situação de vulnerabilidade que vivem as mulheres dentro do campo laboral, isso a fim de avançar como sociedade.


foto:reproduccionasistida.org

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