10/07/2012

Brasil perde dois personagens ilustres da sua história


Ícone do Direito Trabalhista, jurista Arnaldo Süssekind, morre no RJ aos 95 anos

Último remanescente da comissão nomeada por Getúlio Vargas em 1942 para elaborar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o jurista Arnaldo Lopes Süssekind morreu na manhã de ontem, 9 de julho, quando completaria 95 anos.
Süssekind foi ministro do Trabalho e Previdência Social nos governos Ranieri Mazzilli e Castello Branco, entre 1964 e 1965, quando ingressou no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Era representante brasileiro na Organização Internacional do Trabalho (OIT). Continuava na ativa e, segundo nota do Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ), atuava como consultor jurídico da Vale do Rio Doce e conselheiro da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Arnaldo Süssekind tinha apenas 24 anos quando foi designado para a comissão de elaboração da CLT, ao lado de José de Segadas Viana, Oscar Saraiva, Luiz Augusto Rego Monteiro e Dorval Lacerda Marcondes. Na ocasião, era assessor do ministro do Trabalho de Getúlio Vargas, Alexandre Marcondes Filho.
Em entrevistas recentes, Süssekind contou que, logo no primeiro encontro, o grupo sugeriu modificações na ideia original de criar a Consolidação das Leis do Trabalho e Previdência Social e propôs que houvesse duas consolidações diferentes, uma para trabalho e outra para previdência. "O ministro concordou imediatamente" contou Süssekind. Também relatou a convivência com Getúlio Vargas, a quem foi apresentado por intermédio de Alzira Vargas, filha do presidente e colega de Süssekind na faculdade de Direito.
O jurista carioca morava em Copacabana (zona sul) e morreu no Hospital Samaritano, em Botafogo (zona sul), em consequência de insuficiência respiratória e parada cardíaca. Deixa três filhos. O corpo do ex-ministro foi velado no centro cultural do TRT-RJ, no edifício que leva o nome de Sussekind, e será cremado nesta terça, às 14h30, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju (zona norte).

Reportagem de Luciana Nunes Leal
foto:g1.globo.com

Morre no Rio, aos 91 anos, o cardeal Dom Eugênio Sales 

Morreu no final de noite dessa segunda-feira, no Rio de Janeiro, o cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales, arcebispo emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro, aos 91 anos, vítima de infarto. Dom Eugênio Sales tinha histórico de problemas cardíacos e usava um marca-passo. Ele morreu em sua casa, no Sumaré, na zona oeste da capital fluminense.
Nascido em Acari, no Rio Grande do Norte, em 8 de novembro de 1920, Dom Eugênio de Araújo Sales era o mais antigo cardeal da Igreja Católica, segundo informação da Arquidiocese do Rio de Janeiro. 
Dom Eugênio foi ordenado sacerdote em Natal, em 21 de novembro de 1943, e bispo em 15 de agosto de 1954. Foi promovido a Arcebispo Primaz do Brasil em 29 de outubro de 1968, tomando posse como arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro em 24 de abril de 1971, sendo nomeado pelo papa Paulo VI. O religioso ocupou o cargo até 25 de julho de 2001.
Segundo a Arquidiocese fluminense, seu lema, fundamentado na Carta de São Paulo aos Coríntios, foi: "Impendam et Superimpendar" (2Cor 12,15: "De muito boa vontade darei o que é meu, e me darei a mim mesmo pelas vossas almas, ainda que, amando-vos mais, seja menos amado por vós").
O velório do cardeal está marcado para meio-dia desta terça-feira, na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro. De acordo com a arquidiocese, serão celebradas missas e orações a cada duas horas. O corpo será sepultado nesta quarta-feira, às 15h, na própria catedral.

foto:extra.globo.com


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