14/04/2012

Começa hoje a 6ª Cúpula das Américas


A 6ª Cúpula das Américas, que inicia seus debates hoje na cidade colombiana de Cartagena das Índias, deve debater, além da agenda oficial programada para o encontre entre os presidentes, outros temas que têm gerado polêmica no continente, como a guerra às drogas, as Ilhas Malvinas e a participação de Cuba nos encontros regionais. 
   
Até o momento, o pronunciamento mais incisivo sobre estes temas foi feito pelo chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, que afirmou que, se os Estados Unidos e o Canadá não mudarem sua postura contra a participação do Estado cubano nas cúpulas do hemisfério, nem se somarem aos países que pedem que a Grã-Bretanha negocie com a Argentina a soberania das Malvinas, seria melhor não haver mais reuniões de chefes de Estado desse tipo. 
   
"Ou escutam ou retificam [sua posição] a tempo, ou estas cúpulas se acabam já. Não há mais cúpula destas, não há mais", ameaçou o ministro venezuelano das Relações Exteriores. 
   
A chefe da diplomacia colombiana, María Ángela Holguín, baixou a intensidade da discussão e disse, por sua vez, que considera positivo tratar dos temas conjunturais na cúpula, mas pediu que os países procurem "construir consensos e evitar se aprofundar sobre as diferenças". 
   
O tema das drogas, por sua vez, é encabeçado pelo presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, que defende que os países americanos discutam a descriminalização das drogas. 
   
Assim que chegou a Cartagena, ele afirmou que, após 51 anos de luta contra o tráfico internacional de drogas e frente aos atuais resultados, principalmente na América Central e no México, "chegou a hora de revisar a estratégia". 
   
"Faço o chamado para refletir com seriedade para fazer frente ao narcotráfico. Enquanto o mercado continuar existindo nos Estados Unidos nos níveis em que está, é impossível que freamos nós esta luta contra o narcotráfico", atestou Pérez Molina. 
   
A iniciativa é apoiada por seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, e mexicano, Felipe Calderón, que pediu a criação de uma frente comum para "enfrentar juntos e multinacionalmente" o crime organizado. 
   
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chega à Colômbia já admitindo um diálogo com seus colegas sobre a questão, mas seu embaixador em Bogotá, Michael McKinley, já anunciou que a Casa Branca pretende defender os resultados da atual luta contra o narcotráfico. 
   
Oficialmente, a cúpula, que leva o nome "Conectando as Américas: sócios para a prosperidade", tem os cinco eixos de debates temáticos seguintes: integração física regional; acesso e utilização de tecnologias; desastres naturais; segurança e redução de pobreza; centros de produção.



foto:mcbrinhosa.blogspot.com

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