03/03/2012

Líderes da UE fazem pacto fiscal


Os líderes da União Europeia (UE) assinaram ontem o novo pacto fiscal da região, que estabelece novas regras rigorosas sobre déficits e dívida. O pacto, cujo texto foi finalizado no fim de janeiro, foi assinado por 25 dos 27 líderes do bloco.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que pacto era necessário para a estabilidade e o crescimento na região e que ele representava um marco para a UE. "Nós estamos fazendo pela primeira vez o que é necessário para assegurar um novo crescimento na Europa", declarou Merkel à caminho da reunião de chefes de Estado e governo europeus.
O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, disse que o pacto terá um impacto "profundo e de longa duração sobre as políticas e ajudará a evitar uma repetição da crise da dívida. Ele pediu que os líderes da UE ajam rapidamente para persuadir os parlamentos nacionais e eleitores a ratificarem o pacto.
A Irlanda disse no início da semana que realizará um referendo sobre o pacto, que pressiona os países a incluírem em suas constituições as provisões de balanços equilibrados e permite a aplicação de sanções mais rápidas contra aqueles que violarem as regras.
Qualquer país que não conseguir ratificar o tratado será barrado de receber fundos de socorro da região na primavera de 2013.
O Reino Unido e a República Checa afirmaram que não assinarão o pacto, forçando outros líderes a concordarem com ele como um pacto intergovernamental em vez de uma mudança na lei da União Europeia. O primeiro-ministro da Bélgica, Elio di Rupo, foi o primeiro a assinar o pacto na cerimônia transmitida ao vivo.
Já a Grécia receberá ajuda do Banco Europeu de Investimento (BEI) para fazer um melhor uso dos recursos da UE ainda disponíveis para o país, especialmente para desenvolver projetos de infraestrutura e ampliar o crédito para pequenas empresas, afirmou o primeiro-ministro, Lucas Papademos, após o fim da cúpula de dois dias do bloco.
Papademos se mostrou otimista com relação às perspectivas para a recuperação da Grécia em seguida à recessão que já dura cinco anos. "A Grécia recebeu um voto de confiança da Europa", disse. Segundo o premiê, os líderes europeus prometeram fornecer todo o apoio para ajudar o país a voltar a crescer.
"Depois de me reunir com o presidente da Comissão Europeia (José Manuel Barroso), posso dizer que a Grécia é a maior prioridade da Europa", afirmou Papademos. "Estou voltando para Atenas mais otimista", acrescentou.

foto:exame.abril.com.br

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