10/10/2011

Médicos pedem fim de exame PSA para câncer de próstata

Os números são realmente alarmantes: um em cada três homens entre 40 e 60 anos têm a doença.


O US Preventive Services Task Force, um grupo de cientistas e pesquisadores ligados ao governo dos Estados Unidos, pediu o fim de um dos métodos mais usados para a detecção do câncer de próstata, o teste de PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês). A recomendação é somente para homens saudáveis e sem sintomas, e foi baseada em testes clínicos.
"O teste não consegue mostrar a diferença entre tumores que irão ou não afetar um homem durante sua vida. Nós precisamos encontrar um novo procedimento que seja capaz de fazer isso", disse ao jornal americano The New York Times Virginia Moyer, líder do grupo. 
O PSA detecta a elevação de uma proteína produzida pela próstata que é um indicativo de câncer, mas é criticado por dar falsos positivos. Uma dosagem alta de PSA também pode ser sinal de uma infecção ou crescimento benigno exagerado da próstata. "A baixa especificidade do exame PSA, junto com sua incapacidade para distinguir os tumores benignos dos agressivos, fazem com que haja um diagnóstico excessivo de câncer de próstata em um número considerável de homens", explicou o grupo.
Consequências - Com a sua popularização, de 1986 a 2005, um milhão de homens fizeram cirurgia e radioterapia (ou ambos), mas pelo menos 5.000 morreram logo após a operação e entre 10.000 e 70.000 outros sofreram complicações sérias.
Pelo menos metade desses pacientes apresentou sangue no sêmen com frequência, e entre 200.000 a 300.000 tiveram incontinência urinária ou impotência. "Nós estamos desapontados. A questão é que esse é o melhor teste que nós temos, e a resposta não pode ser simplesmente 'não faça o exame'", diz Thomas Kirk, líder do Us Too, um dos maiores grupos de apoio à pacientes com a doença.
De acordo com pesquisas recentes, um terço dos homens entre 40 e 60 anos têm a doença, sendo que para homens com mais de 85 a proporção sobe para três quartos.


fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/saude/medicos-pedem-fim-de-exame-de-sangue-para-cancer-de-prostata


Câncer de próstata

O câncer de próstata (CP) é o tumor mais comum em homens com mais de 50 anos de idade. Com os progressos da Medicina e de outras áreas que interferem com a saúde, espera-se para as próximas décadas uma população cada vez maior de homens atingindo faixas etárias bem superiores àquela. Conclui-se, portanto, que mais casos de CP serão diagnosticados. Atualmente, existem no país diversas campanhas de detecção precoce dessa neoplasia (câncer).
A próstata é uma glândula localizada próximo à bexiga cercando a uretra na sua porção inicial. As secreções prostáticas são o maior componente do líquido seminal (ou esperma).
A origem do CP é desconhecida, entretanto, presume-se que alguns fatores possam influenciar o seu desenvolvimento.
Todo o homem a partir dos 45 anos deve realizar o toque retal e dosagem do PSA, principalmente aqueles com história familiar de CP (e de câncer de mama), independentemente de sintomas. Em caso de toque anormal e ou PSA elevado, o paciente deverá ser submetido a uma ecografia transretal com biópsia prostática. Os fragmentos obtidos serão levados ao exame anátomo-patológico. Uma vez confirmado o diagnóstico, o tumor deverá ser estagiado. Isto significa que exames deverão ser solicitados a fim de que se possa saber se o tumor está confinado à próstata ou se já invadiu órgãos adjacentes (bexiga, vesículas seminais, reto) ou se já enviou metástases. A cintilografia óssea é o exame mais útil nessa fase e nos dá informações quanto à metástases no esqueleto.
Outros exames eventualmente pedidos são: fosfatase alcalina, tomografia computadorizada de abdômen, radiografias de tórax, radiografias do esqueleto.
O CP pode estar confinado à próstata na forma de um pequeno nódulo, como também pode estar restrito a ela, porém envolvendo toda a glândula. O CP, além de localizado, pode estar comprometendo os limites desse órgão e invadir outros órgãos adjacentes, como as vesículas seminais ou a bexiga. Linfonodos obturadores e ilíacos são, geralmente, o primeiro estágio das metástases para depois ocorrerem metástases ósseas.
Para descrever a extensão do tumor (estadiamento) existem várias classificações (classificação de Whitmore, TNM). Além do fato extensão tumoral, é importante saber que o CP apresenta uma diversificação de células, mais ou menos malignas, que também sofrem um processo de classificação (Classificação de Gleason).
Baseado no estadiamento do tumor e de sua classificação de Gleason é que se escolhe o tipo de tratamento. 
O prognóstico depende do estádio (extensão) e grau histológico (Gleason), principalmente. Se o CP é localizado e se o paciente realizar uma prostatectomia radical, a sobrevida em 10 anos pode atingir 90%, sendo equivalente à da população normal. O índice de recorrência local após 5 anos é de 10% contra 40% da radioterapia. A radioterapia utilizada no CP localizado ou localmente avançado (fora da próstata mas sem metástases) apresenta biópsias positivas de 60 a 30% dos casos quando realizadas seis meses e dois anos respectivamente após o tratamento.
Nos casos metastáticos, o tratamento é paliativo e o prognóstico bem mais reservado.


fonte:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?63
foto:corposaun.com 

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