Pesquisadores e ambientalistas de São José dos Campos viajaram para a Europa para avaliar usinas termelétricas com a intenção de criar um projeto para o município. As usinas visitadas tratam do lixo para gerar energia. Na Europa esse sistema acontece desde a década de 80. A Bélgica opera com 70mil toneladas de lixo orgânico por ano e gera 1,5MW de energia. Seus sistemas são a Bio-digestão no modo Aeróbica (compostagem) e anaeróbica (geração de energia por meio da liberação do gás metano).
Para São José deverá acontecer o modo anaeróbica e prevê tratar 55% do lixo/dia.
Já na Holanda ocorre pela incineração* (principal) que controla emissão de gases tóxicos vindo da combustão, somente vapor d’água é liberado pelas chaminés da usina e os gases emitidos pela queima CO2 e NOx são de total controle pelo governo em tempo real. 
Em São José dos Campos chega a 600 toneladas por dia, e o projeto pretende utilizar-se do aterro sanitário que fica no Torrão de Ouro.
Como será o processo do lixo?
As usinas recebem o lixo e fará um processo de separação magnética de ar. Logo passará pelo processo de biodigestão aeróbica ou anaeróbica. Os produtos que não poderão ser recicláveis serão incinerados* e gases serão liberados.
*Incineração é a queima do lixo em fornos e usinas próprias. Apresenta a vantagem de reduzir bastante o volume de resíduos. Além disso, destrói os microrganismos que causam doenças, contidos principalmente no lixo hospitalar e industrial.

(http://www.guiasjc.com.br/guianossacidade/usina_para_transformar_o_lixo_em_energia_eletrica)


foto: postmania.org








Para saber mais sobre o lixo:



Para a realização de um estudo acerca do lixo, que é um dos maiores problemas ambientais em âmbito mundial, é preciso compreender o seu significado. De uma forma sintetizada, o lixo corresponde a todos os resíduos gerados pelas atividades humanas que é considerado sem utilidade e que entrou em desuso.
O lixo é um fenômeno puramente humano, uma vez que na natureza não existe, pois tudo no ambiente agrega elementos de renovação e reconstrução do mesmo. Nesse contexto, o lixo pode ser encontrado no estado sólido, líquido e gasoso.
O lixo pode ser classificado como orgânico (restos de alimentos, folhas, sementes, papéis, madeira entre outros), inorgânico e esse podem ser recicláveis ou não (plástico, metais, vidros etc.), lixo tóxico (pilhas, baterias, tinta etc) e lixo altamente tóxico (nuclear e hospitalar).
Diante disso, o lixo pode ter várias origens, dentre as principais estão os resíduos domésticos, sólido urbano, industrial, hospitalar e nuclear.
Para obter condições satisfatórias no seguimento social e ambiental nos centros urbanos e, especialmente, nas grandes cidades é preciso que haja uma intervenção efetiva do poder público. Dessa forma, as esferas do poder (município, estado e união) têm a incumbência de designar e implantar ações que possam agregar melhorias de vida para a população.

Sua atuação fica vinculada à criação de áreas verdes, arborização urbana, manejo de um sistema de transporte coletivo que funcione, projetos de moradias populares, saneamento básico e água tratada, monitoramentos dos níveis de poluição, coleta do lixo e muitas outras que são fundamentais.
O Estado é o responsável por controlar e administrar os impostos pagos pelos contribuintes, nesse sentido, é seu dever oferecer tais serviços à população.

Todas as cidades enfrentam diversos tipos de problemas, quanto maior a cidade mais as adversidades são acentuadas. Diante dessa afirmativa, um dos problemas que mais se destaca é a questão do lixo, principalmente o sólido. Diariamente as cidades emitem uma enorme quantidade de lixo e grande parte desses detritos não são processados, ou seja, o excedente vai sendo armazenado em proporções alarmantes. O problema cresce gradativamente, devido o elevado número de pessoas no mundo e o grande estímulo ao consumo presente nas sociedades capitalistas.
Antes da Primeira Revolução Industrial, o lixo produzido nas cidades era composto basicamente por elementos orgânicos, além disso, o número de habitantes era menor, assim como os centros urbanos, assim os moradores apenas enterravam os resíduos no próprio quintal. Sanitariamente essa ação é positiva, pois corresponde a uma medida preventiva contra a dispersão de doenças e evita a presença de animais hospedeiros, como ratos, baratas, moscas, dentre outros.
Após o período da Primeira Revolução Industrial, houve um grande crescimento da produção industrial, aumento significativo da população, processo esse que teve um enorme incremento após a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) na qual ocorreu um engrandecimento da quantidade de lixo e uma diversificação em sua composição.
A partir dessa data o mundo passou por intensas evoluções tecnológicas e científicas, além disso, houve a dispersão de empresas transnacionais pelo mundo e essas incentivaram o consumo em massa, lançando produtos e atrativos aos consumidores, no sistema capitalista o maior objetivo é o lucro e, diante desse fato, os donos dos meios de produção colocam um arsenal de novidades no mercado, mas todas as mercadorias dispostas para o consumidor requerem a retirada de recursos da natureza e também produzem resíduos.
O lixo fica mais evidente nos países subdesenvolvidos onde muitas vezes não existe um sistema de coleta de lixo, característica que demonstra a fragilidade das políticas assistenciais. O lixo não é somente um problema de caráter ambiental, mas também de saúde e qualidade de vida, desse modo a sua coleta configura como um dos principais serviços públicos.
Nas cidades que dispõe de coleta de lixo, esse é deslocado para um lugar específico denominado de lixão, onde ficam concentradas enormes quantidades de detritos que se encontram a céu aberto, porém existem também os aterros sanitários, lugares destinados a armazenar o lixo, nesse caso os resíduos são enterrados e compactados. Esses lugares possuem uma paisagem degradada e é um ponto de concentração de doenças e mau cheiro, não é recomendável o contato humano nesse ambiente por causa da insalubridade.
Os dois tipos de depósitos se estabelecem em áreas periféricas que estão sobre fortes problemas de ordem ambiental e social. Muitas vezes o lixo pode ter outros destinos, como áreas desabitadas, encostas, rios e córregos. Esse processo é comum em países subdesenvolvidos, onde existem bairros que possuem pouca ou nenhuma coleta de lixo, como esse não tem seu destino adequado produz inúmeros problemas no ambiente e também às pessoas da comunidade, dentre muitos os principais são:

• Disseminação de insetos que são hospedeiros de doenças, como a peste bubônica, dengue, leptospirose entre outras.
• Decomposição de matéria orgânica que gera um odor desagradável e produz um líquido ácido de cor escura denominado de chorume, esse é absorvido pelo solo e atinge o lençol freático, tornando-o poluído.
• Contaminação do solo com produtos tóxicos e das pessoas que estão em contato.
• Deslizamento de encostas.
• Assoreamento de mananciais e enchentes.
• Armazenamento de materiais que não são biodegradáveis.
• Além de estragar a paisagem.
Outro ponto não menos importante está na questão social decorrente dos lixões que tornaram uma prova viva da exclusão social e degradação humana, é comum nesses locais a presença de centenas de pessoas que diariamente vão em busca de materiais e objetos que possam ser vendidos para o processo de reciclagem (ferro, alumínio, papel, vidro entre muitos outros) e também restos de alimentos que muitas vezes já se encontram estragados e que mesmo assim são consumidos. Os lixões refletem diretamente as desigualdades sociais presentes em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, além de deixar explícita a degradação humana.
O lixo é um grande problema, mas as soluções são diversas e são de acordo com a fonte que as emite, um exemplo claro disso é o lixo hospitalar, a única maneira de eliminá-lo é calcinar esse detrito, isso porque a fonte é insalubre, pois pode oferecer riscos de contaminação de doenças.
No caso específico do lixo residencial são diversas as possibilidades, no entanto, varia de acordo com a realidade econômica do país. Em vários países, o lixo orgânico é processado nas indústrias de compostagem e dão origem a adubos e gás metano, já o lixo inorgânico o melhor seria a implantação efetiva de uma coleta seletiva que permitiria a reciclagem de grande parcela dos materiais (vidros, latas de alumínio, papéis entre outros), isso é comum em países europeus e também no Japão.
Existe um grande número de países que construíram usinas de incineração de lixo, mas essa ação não é totalmente viável do ponto de vista ambiental, pois se perde muito material que poderia ser aproveitando, consome energia e emite gases poluentes na atmosfera.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o saneamento significa controlar os elementos do meio físico onde a sociedade habita e que exercem resultados prejudiciais ao bem-estar físico, mental ou social.
Desse modo, a manutenção da limpeza da cidade é de tarefa da administração municipal, assim como investimentos e incentivos aos profissionais da engenharia sanitária.
Diante de todas as considerações fica evidente que a simples construção de aterros e instalação de lixões não pode ser considerada como uma solução, é preciso encontrar maneiras menos impactantes e mais eficientes em caráter ambiental e social.
O lixo deve ser tratado com maior prudência, pois compromete as reservas de recursos naturais, além de poluir e comprometer outros ambientes.  

fonte:(http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/o-lixo.htm)
foto: recicloteca.org.br