Ministério
do Trabalho e CNJ firmam acordo para qualificar 15 mil presos
O
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira,
afirmou nesta quarta-feira (18), após reunião com a presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen
Lúcia, que o governo vai investir cerca de R$ 30 milhões para a qualificação
profissional de 15 mil detentos.
Na primeira conversa do ministro com Cármen Lúcia
sobre o tema, foram criados grupos de trabalho com integrantes do CNJ e do
ministério para formalizar o convênio.
Segundo Nogueira, a iniciativa partiu do presidente
Michel Temer para que o governo federal e o Poder Judiciário possam desenvolver
ações conjuntas de combate à crise carcerária.
“Todo o governo federal está buscando aprimorar
todas as medidas que sejam possíveis para resolver o problema [crise penitenciária].
Entre elas, qualificar o apenado e evitar a ociosidade”, afirmou Nogueira.
Os grupos de trabalho ainda vão definir quais
cursos serão realizados a partir de uma pesquisa de mercado. As ações de
qualificação profissional vão integrar o Projeto Começar de Novo, iniciativa do
CNJ que busca reinserir presos ou egressos do sistema carcerário no mercado de
trabalho.
De acordo com o ministro, o programa será lançado
até o dia 10 de fevereiro e a previsão de início é para o primeiro semestre
deste ano. Os recursos já estão previstos no orçamento da pasta para
qualificação profissional.
O Judiciário ficará a cargo de definir em quais
penitenciárias serão realizados os cursos de qualificação profissional. O
programa vai contemplar todas as unidades da federação, disse o ministro.
A previsão inicial do governo é beneficiar 15 mil
detentos, cerca de 2% da população carcerária do país. Levantamento do G1 mostra que há hoje 668,2 mil
presos. O ministro do
Trabalho disse que 'já é um começo, a intenção é aprimorar'.(http://g1.globo.com/politica/noticia/ministerio-do-trabalho-e-cnj-firmam-acordo-para-qualificar-15-mil-presos.ghtml)
Brasil ratifica protocolo contra
trabalho forçado
O ministro do Trabalho, Ronaldo
Nogueira, assina, nesta quarta-feira (18), o documento que ratifica o Protocolo
à Convenção 29 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de combate ao
trabalho forçado. Já enviado ao Congresso Nacional, o texto trata de medidas
como a prevenção ao trabalho infantil.
O documento reconhece o trabalho
forçado como violação aos direitos humanos e instrumento de perpetuação da
pobreza no mundo. “Além de proteger nossos trabalhadores e crianças, o
documento combate um sistema medieval de relação de trabalho, com sanções
previstas a quem descumprir suas normas”, disse o ministro.
Uma das recomendações do documento
estabelece que os países-membros do tratado devem orientar empregadores para
que adotem medidas para “identificar, prevenir, mitigar e prestar contas sobre
a forma como tratam dos riscos do trabalho forçado ou obrigatório em suas
operações”.
“O trabalho forçado não pode mais ter
espaço na sociedade moderna. Nenhum país pode evoluir dos pontos de vista
econômico e social tolerando situações de trabalho degradante”, disse o
ministro Ronaldo Nogueira.
De acordo com a OIT, mais da metade
dos casos de trabalho forçado é de situações envolvendo mulheres e meninas,
principalmente em atividades domésticas ou de exploração sexual. Cerca de 20
milhões de pessoas são submetidas a condições análogas à escravidão em todo o
mundo. Esse tipo de situação movimenta US$ 150 bilhões anualmente.
Trâmite
O Protocolo 29 da Convenção sobre
Trabalho Forçado da Organização Internacional do Trabalho foi aprovado em junho
de 2014, na 103ª sessão da Conferência Internacional do Trabalho. O Brasil
participou da reunião como porta-voz e coordenador do Grupo da América Latina e
Caribe, que reúne 33 países.
O documento entrou em vigor no dia 9
de novembro de 2016, com a ratificação de Argentina, Estônia, França, Mali,
Mauritânia Níger, Noruega, Panamá, Reino Unido e República Tcheca. (http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2017/01/brasil-ratifica-protocolo-contra-trabalho-forcado)
Maioria dos trabalhadores não dispõe de sindicatos
para lidar com reforma
Estudo do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre o perfil do movimento
sindical brasileiro questiona se o sindicatos estão preparados para a discutir
uma regulação trabalhista mais baseada em contratos, ampliando o papel da
negociação coletiva. Segundo o pesquisador e sociólogo André Gambier Campos,
"há milhares de sindicatos no Brasil, mas muitos deles com parcas
condições de promover novas formas de regulação do trabalho".
O autor
traça um histórico da estrutura sindical desde a sua origem, nos anos 1930, que
sobreviveu a Estados mais autoritários e a diferentes contextos políticos,
atravessando "tempos difíceis" na década de 1990 e superando
desequilíbrios no período recente, quando "os sindicatos foram capazes de
promover um crescente número de greves e chegar a acordos importantes na
negociação coletiva, o que resultou em uma melhora significativa no bem-estar
dos trabalhadores". Mas ele questiona se essa estrutura pode
"continuar a incrementar o bem-estar" agora, em um cenário de aumento
da informalidade e do desemprego e redução dos salários.
"Além
disso, há um crescente debate sobre o papel da negociação coletiva na
regulamentação do trabalho no país", escreve Campos. "Essa
regulamentação tem sido marcadamente legislativa desde 1930. No entanto, no
debate atual, há diversas ideias para promover uma regulação mais contratual,
em que os sindicatos deveriam desempenhar papéis cruciais", observa o
pesquisador.
Ele lista
16.491 organizações reconhecidas no país, sendo 15.892 sindicatos, 549
federações, 43 confederações e sete centrais sindicais – destas últimas, a CGTB
não é mais reconhecida formalmente, conforme a lei de 2008 que incluiu as
centrais na estrutura sindical brasileira. São 11.240 entidades de
trabalhadores, sendo 10.817 sindicatos, e 5.251 de empregadores.
Dos quase
11 mil sindicatos de trabalhadores, 7.896 (73,8%) estão em áreas urbanas e
2.831 (26,2%) são rurais. Daquele total, 43,4% representam trabalhadores do
setor privado e metade (50,1%) tem base restrita a um município. Essa questão é
considerada "fundamental" pelo autor do estudo: "Não menos que
80,4% dos sindicatos têm sua base em um município ou em um pequeno número de
municípios. Portanto, a maioria dos sindicatos tem uma base local e restrita, o
que é uma evidência de seus possíveis limites em representar e defender os
trabalhadores".
Ele também
chama a atenção para o que classifica como "baixa" ou
"mediana" densidade dessas bases, referindo-se à taxa de
sindicalização, de 16,2%, o equivalente a 17,3 milhões de trabalhadores
associados a alguma entidade. "Mas esta porcentagem é apenas uma
média, com vários sindicatos muito abaixo deste nível, o que provavelmente
resulta em problemas na representação e na defesa dos trabalhadores, mais uma
vez." A média nacional é de 9.908 trabalhadores e 1.603 associados por
sindicato.
Monopólio - Ao considerar problemas de organização e de ação, o autor fala na importância de "transformar a estrutura como um todo, alterando alguns dos seus aspectos históricos, a fim de obter sindicatos mais representativos e atuantes". Entre essas possíveis mudanças, cita modificação das modalidades de custeio dos sindicatos, questiona o princípio da unicidade (uma só entidade por base territorial) e o "monopólio" de negociação. "Na verdade, não parece fazer qualquer sentido evitar que outras entidades agregadas (como as centrais sindicais) tenham mandato para negociar acordos coletivos mais amplos e robustos", afirma o pesquisador do Ipea.
Campos
avalia que outra mudança importante ocorreria por meio da organização nos
locais de trabalho. "Historicamente, este é um assunto polêmico no Brasil,
especialmente em meio aos empregadores, porém, é um tema crucial para o debate,
pois ele pode favorecer a negociação de acordos coletivos mais detalhados e
adaptados às demandas dos trabalhadores nas empresas."
Ele também
cita a ratificação e/ou regulamentação de convenções da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) como forma de transformar a estrutura sindical.
Cita, ente outros, a Convenção 87, sobre liberdade de associação e organização
coletiva, que é vista com reserva por parte do sindicalismo brasileiro.
"É relevante salientar que esta convenção não deve ser debatida
sozinha, porque só é possível essa liberdade de associação e organização quando
uma extensa variedade de direitos e garantias são assegurados, e alguns deles
são definidos em outros documentos da OIT, como as Convenções nos 98 (direito
de sindicalização e negociação coletiva), 135 (proteção a
representantes dos trabalhadores), 141 (organização do trabalhador
rural) e 151 (sindicalização e relações do trabalho na administração
pública), por exemplo", pondera, lembrando ainda que qualquer
discussão "sobre a regulação do trabalho (legislada ou contratual)
produzir qualquer resultado concreto e positivo, depende-se da existência de
sindicatos representativos e atuantes". (http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2017/01/poucos-sindicatos-estao-aptos-a-discutir-reformas-aponta-ipea)
Germán Garavano (ministro de Justicia argentino): "Estaría muy bueno tener una Justicia
garantista, si el término estuviera bien usado"
La
entrevista tuvo
lugar en el Ministerio de Justicia y Derechos Humanos, en el centro porteño.
- Muchos dicen que en la década K predominó una concepción garantista de
la justicia. Si hubiera sido así, ¿bajo qué paradigma estaríamos ahora?
- Creo que está mal usado el término garantista. Nuestra constitución y
el sistema judicial argentino está basado en las garantías y estaría muy bueno
tener una justicia garantista. No me opondría a tenerla si el término estuviera
bien usado.
- ¿Cómo es eso?
- Teníamos una justicia de impunidad, no de garantías, que están muy
bien y las necesitamos todos. Argentina era uno de los países con mayores
niveles de impunidad: se condenaba a prisión a menos del 1% de las personas que
cometían delitos.
- Para mucha gente "garantista" significa otra cosa: mayores
garantías para los delincuentes.
- No, porque las garantías, y en esto el gobierno como el Congreso están
avanzando fuertemente, tienen que ser para las dos partes: para los victimarios
y también para las víctimas.
- ¿Hoy para qué lado se inclinan las garantías?
- Durante mucho tiempo se inclino hacia el lado de los victimarios y no
de las víctimas.
- ¿Se refiere al gobierno de los Kirchner?
- Y más atrás también, pero en los últimos diez años esta situación se
agudizó bastante. Hoy un juez corre mayores riesgos por dejar detenida a una
persona que él considera que debería quedar detenida que por dejarlo en
libertad. Si la deja detenida corre el riesgo de ser denunciado por los
organismos de DDHH, está sometido a los planteos de las defensas o que al
detenido le pase algo en la prisión.
- ¿Qué cree que sería lo conveniente?
- Por un lado, que las víctimas estén en pie de igualdad frente a los
victimarios. Y por el otro tenemos que avanzar hacia una justicia que ayude a
reducir los niveles de impunidad que hoy existen en la Argentina.
- Edad de inimputabilidad. Brian Joel, el chico de 15 años acusado de
matar en Flores a otro menor y que por su edad en vez de quedar detenido fue
enviado a Perú, ¿debería estar preso?
- Mi concepción personal es que para delitos graves, en especial
aquellos que atentan contra la vida y la libertad física, sexual y demás de las
personas, los jóvenes de al menos quince años deberían tener las garantías pero
también las responsabilidades de un adulto.
- ¿Y si el supuesto asesino tuviera 14 años?
- En ese caso tengo dudas porque esto siempre nos llevará a bajar la edad
de la inimputabilidad y podemos llegar a países donde a los doce años tienen el
mismo régimen penal que un adulto. Hay que poner un límite.
- ¿Dónde está el límite?
- A los quince no tengo ninguna duda. Tengo dudas a los catorce. Lo
debatiremos con las asociaciones de psicología y pediatría, más otras
instituciones que se ofrecieron a colaborar en esta discusión del régimen
penal.
- ¿Cómo cree que podría determinarse la imputabilidad?
- Hay un mecanismo adecuado que es hacerlo a partir de los catorce años
pero sólo para delitos muy graves y el fiscal deberá demostrar con pruebas y
estudios médicos que ese menor de edad comprendía la criminalidad del acto.
- Pasando en limpio: a los 15 sería imputable. A los 14 lo dirán
fiscales y peritos.
- Lo mismo se puede aplicar a los quince, en eso no tengo problemas. En
ambos casos se puede trabajar sobre un sistema de pruebas en el proceso.
- Hay juristas que dicen que la punición debe ser el último recurso,
cuando ya el estado haya hecho todo lo posible por el menor: educación, salud,
contención.
- La ley que nosotros impulsamos tiene a la edad como su último punto,
hay un montón de puntos anteriores que tienen que ver con todo esto que vos
decís. Hay que verificar que el Estado haga todo lo posible, pero también hay
que pensar si podemos dejar impune a un joven porque no tuvo estas respuestas
estatales. Hay que debatir si dejamos impune un delito porque el estado falló
antes. Cuando integré la justicia de menores sufrí mucho un falso garantismo,
un poco basado en estos conceptos.
- ¿A qué se refiere?
- Cuando uno analiza los niveles de impunidad de estos jóvenes que
cometen delitos menores generalmente, sacando la parte educativa que tuvo
alertas, también hubo otras alertas en el sistema penal antes de llegar a cometer
un homicidio. Ignoramos las alertas con el pretexto del garantismo y, en vez de
solucionar el problema, creyéndole hacer un favor, pensando desde una
concepción culpógena que el chico sufre carencias, agravamos la situación.
- Caso Milagro Sala. Zaffaroni pidió la intervención federal en Jujuy.
- Llamativo pedido de Zaffaroni. La intervención federal es un remedio
de lo más autoritario que tiene el sistema para prevenir casos de conmoción
gravísimos donde prácticamente debería estar en jaque el sistema democrático en
esa jurisdicción.
- ¿Para qué pediría Zaffaroni la intervención?
- Creo que tanto Zaffaroni como Verbitsky quedaron muy asociados al
gobierno anterior. En el caso de Zaffaroni, aún siendo juez de la Corte de
Derechos Humanos de San José de Costa Rica, la Corte Interamericana, realmente
está haciendo política local.
- ¿Está mal?
- No, está muy bien, todos tienen derecho a opinar y decir lo que
piensan.
- ¿Qué responde a los que dicen que organismos como el CELS tienen mejor
llegada que el propio gobierno al Grupo de Trabajo de la ONU y otros organismos
internacionales?
- En algunos casos si porque hubo muchos organismos de derechos humanos
u ONG que durante la gestión del gobierno anterior trabajaron muy unidas al
gobierno con toda una estrategia, logrando tomar posiciones fuertes en muchos
de estos organismos. De hecho, una estrategia del gobierno anterior es la que
culmina con la llegada de Zaffaroni a la Corte Interamericana de Derechos
Humanos. Es parte de una estrategia en la que el CELS y Horacio Verbitsky son
actores centrales. La mayor cantidad de peticiones que tiene la CIDH es de la
defensa pública argentina, pagada por todos nosotros, y del CELS. La mayor
cantidad de peticiones que tiene la Comisión Interamericana de Derechos Humanos
son de Argentina.
- ¿Debería tener el gobierno otro tipo de vínculo con estos organismos
internacionales de DDHH?
- La Comisión Interamericana tiene sus lógicas de funcionamiento y
nosotros, más allá de lo que a veces parece una politización, siempre fuimos muy
respetuosos. De hecho, nosotros con la Cancillería le hicimos un aporte a la
CIDH, transfiriéndole recursos para que pueda pagar sueldos, los integramos a
la reforma de las cárceles y el sistema de justicia. Nosotros respetamos su rol
y, para llamarlo así, las reglas del juego.
- ¿Cuán cómodo se siente cuando le preguntan por la situación del jefe
de la AFI, Gustavo Arribas?
- Nunca es bueno que un funcionario del gobierno este sospechado, menos
denunciado, y lamentablemente en nuestro país venimos de una época de mucha
confrontación donde esto se convirtió en algo muy natural. Arribas brindó sus
explicaciones iniciales, el presidente las ratificó el otro día y nosotros lo
que esperamos es que en las próximas horas, en los próximos días, aporte a la justicia
la documentación que incluso habría sido avalada por terceros, por un banco.
- Muchos reclaman que hasta que se aclare la situación, Arribas deje el
cargo, como Gómez Centurión en la Aduana.
- En el caso de Gómez Centurión fue distinto porque se trató de una
denuncia que partió desde el mismo gobierno. Y el otro punto es que fue por
algo que supuestamente se habría hecho durante su función en el gobierno y que
tenía relación con lo que se estaba investigando. Eso tiene muchas profundas
diferencias con el caso Arribas, donde si eventualmente hubiera un delito, no
tendría que ver con el ejercicio del cargo de una persona que en ese momento
vivía y tributaba con el extranjero. Desconozco si en aquel momento siquiera
existía una relación con Argentina.
- ¿Por qué Arribas no muestra rápido la escritura de compra de ese
departamento, que explicaría el giro de 70 mil dólares?
- Esto es lo que él se comprometió a presentar en estos días. Creo que
estaba en el extranjero, así que supongo que lo presentará cuando regrese,
nadie se lleva las escrituras a sus vacaciones.
- Es cierto, pero podría adelantar la vuelta. Es un caso comprometedor.
- Si, pero son decisiones que cada uno puede tomar y dependen de
decisiones personales. Me parece que para todos los funcionarios fue un año muy
duro, como para todos los argentinos, y hay que evaluar cada caso en
particular.
- Siendo un funcionario tan cercano al presidente, ¿no sería mejor que
se apure?
- Son decisiones personales. Además el presidente cuida a sus
funcionarios. Considera que tienen que estar bien de ánimo, de salud, para
llevar adelante el desafío que él nos plantea.
- Último tema: ¿Se viene una reforma en el derecho laboral?
- Están saliendo algunas regulaciones sobre las ART y la Corte sacó una
serie de pronunciamientos interesantes en relación a cuestiones laborales. Creo
que hubo un exceso en muchos avances judiciales sobre la cuestión laboral que
generaron costos que provocan los altos niveles de trabajo en negro y la
retracción del empleo privado, que viene de los últimos cuatro o cinco años del
gobierno anterior.
- Muchos gremios están en alerta y advierten sobre una nueva
flexibilización laboral.
- No creo que pase por ese lado. Sí impulsaremos el tema del primer
empleo, es uno de los grandes objetivos. Y la propia justicia corregirá los
excesos de una Justicia Laboral que en algunos casos estuvo muy politizada y
ligada al gobierno anterior como factor de presión.
- ¿El fuero laboral estaba sometido al kirchnerismo?
- Si, había un diputado que era la persona más relevante.
- ¿Se refiere a Héctor Recalde?
- (largo silencio) Puede ser. De algún modo era el líder de la
conformación del fuero laboral y de los jueces que se designaban.
- ¿Tenían influencia sobre esos jueces?
- Es algo que se comenta. Hay que tratar de que la justicia vuelva a la
normalidad. (http://www.lanacion.com.ar/1977781-german-garavano-estaria-muy-bueno-tener-una-justicia-garantista-si-el-termino-estuviera-bien-usado
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita e pelo comentário!